Politicamente Insano

Quando há uns tempos atrás no telejornal, salvo erro na TVI, falavam alguns políticos a dar opinião e os seus pontos de vista, como o Dr. Marcelo Rebelo e outros, um politico do PSD, que agora não me recordo do seu nome, num comentário sobre a actualidade afirmou, num horário nobre, com toda a convicção e seriedade de que era “politicamente incorrecto comer croassans”!!! E porquê?
Porque o desenho do croassan tinha uma forma Árabe ou foram os Árabes que trouxeram essa forma para Portugal, e deu vários exemplos onde essa forma ou desenho estava representado. Portanto, fez questão que os Portugueses fizessem um boicote a essa saborosa comida, por tantos apreciada, só porque “tinha a forma de meia-lua e que vinha do Árabe”, “e era politicamente incorrecto os que Portugueses o adquirissem”, palavras dele.
Pergunto se essa personagem importante da política Portuguesa, não seria um suicídio dirigir o destino do país? Espero que não!
Talvez não fosse melhor leva-lo a uma junta psiquiátrica e dar-lhe a reforma por insanidade?
Já se lembraram a quantidade de coisas importantes como monumentos Árabes que estão em Portugal, como o próprio bairro da Moraria e por ai a fora…
Um bom pedaço de Portugal saia do mapa se esse Homem chegasse aos comandos do país.
Só mais uma coisa, já me lembro do nome: nada mais nada menos que o Pacheco Pereira.

Carlos Ferrer

Xenofobia

Como sempre de manhã de sexta-feira da parte da manhã trabalho para a Câmara de Coimbra na repartição de habitação, sendo assim eu e uma colega de trabalho saímos para fazer um inquérito nos bairros do ingote e outros bairros circundantes.
Nessa manhã pelas 10:30 horas, a minha colega tocou numa campainha de um apartamento de uma senhora que mora precisamente em frente do apartamento de minha mãe para alem disso já me conhece há mais de vinte anos também conhecendo a minha família. Eu estou a dar estes pormenores para que o leitor tenha noção do acontecimento.
Voltando ao trabalho que estávamos a fazer, depois de tocada a campainha abriu-se uma porta e surgiu uma senhora, então a minha colega chegando-se mais para a frente disse á dita senhora o que era pretendido, mas quando a colega no inicio se chegou para a frente e assim conversar melhor eu fiquei um pouco mais atrás e assim fiquei coberto pela minha colega e a dita senhora não me viu, mas assim que me avistou sem sequer dizer uma única palavra refugiou-se em casa batendo a porta com violência, eu e a colega julgamos que a porta se tivesse fechado por acidente, pelo vento ou coisa do género então batemos novamente, e batemos até nos apercebemos de que ela o fez de preposito, disse-me a colega a senhora assustou-se contigo, mas não o que a senhora é ser racista, não lhe entra na sua mente xenófoba de um cigano estar a trabalhar e ainda por cima na câmara.
A senhora mesmo em locais públicos tem o mesmo procedimento, seja no autocarro, na pastelaria, mesmo na via publica, aonde é capaz de mudar de direcção ou mudar de passeio, no autocarro não se acomoda aonde estão pessoas que não seja da sua (cor). Não me surpreendeu a sua atitude quando eu trabalhava nessa manhã. Já não basta a dificuldade da minha etnia em arranjar trabalho, mas se o conseguirmos muitas pessoas não vêem com bons olhos a nossa inclusão no trabalho, se não trabalhamos somos uns malandros se temos trabalho então dizem(já viram foram meter um cigano na câmara, a lidar com crianças!!!. Se racismo é crime então há muito que fazer em Portugal e se necessário punir quem cometa o crime de xenofobia ou racismo espero que as mentalidades mudem para que todas as culturas vivam em paz e harmonia
Carlos Ferrer
14/3/08.

Paixão Eterna

Cheio de penas eu me deito, e é com mais penas que me levanto, de manhã começa o meu dia. É com tristeza que olho em redor do meu quarto e nada vejo, minha alma chama por eles apenas o silencio e o silencio nada me diz, não pode haver alegria quando o meu sol, a minha manha, está longe.
Meus dias nunca serão dias como o sol, e o sol foi atrás deles e tudo que nos dá prazer de viver, quando há recordações fecho os meus olhar e uma brisa me alivia, não sei se me hei-de lembrar deles, se me lembro me faz doer, se não me recordo falta-me o ar que me dá vida.
Espero um milagre? Não, não tenho tempo para esperar, já me basta a esperança de ter que espera-la, essa a levarei comigo quando os meus olhos se fecharem para sempre.
Paixão para mim é uma doença da alma, dói, dói e não sabemos onde, sentimos um aperto na alma uma sensação de sufoco e a cura não está ao alcance da medicina, mas por ironia sabemos a onde se encontra a cura, só que por vezes não está ao nosso alcance, é dento de nó que se encontra tudo, é lá que devemos procurar.
Os meus sonhos não são ter bens materiais, ouro, prata, carros…apenas tê-los em mim, embebedar-me deles saber que á manhã não haverá despedidas, tristeza, pranto, saudade, tudo isso pertence ao passado, este é o meu euro milhões o meu sonho, quase que sufoco quando estou algum tempo sem lhes tocar sentir o seus cheiros é preciso abastecer-me deles em vez em quando como ar precisasse para sobreviver, por sua causa me mantenho pronto para a luta e me fazem alcançar objectivos.
Tenho pena de mim mesmo ao sentir que a minha vida não é vida, mas tenho esperança, aonde me agarro com fé, é o meu sangue, o meu caminho, velos tristes parte-me o coração. Olho o meu rosto no espelho e em vez de um rosto vejo solidão e desespero, deambulando pela sala finto seus retratos que estão religiosamente na parede da sala, junto com algumas fotos, poemas, pensamentos meus, e um testamento que não é mais do que os meus escritos todos sejam para o nome que lá está, embora sejam de todos eles(meus filhos).
Directamente ou indirectamente eles estão na minha escrita, poderá não ter valor para desconhecidos mas para eles certamente que irão conhecer saber em profundidade o quanto os amei, as minhas saudades, o meu sofrimento, pelas suas ausençias, e por isso comecei a escrever, ou como clamo num poema,(por vós me fiz poeta).
Queria por vezes ser insano, talvez não sofresse tanto, talvez um dia quem o saberá? Elas passam o dia dizendo a quem conhecem ou não conhecendo não importa quem seja( este é o meu pai, vamos dormir com ele ) velas dizer estas palavras com um orgulho do tamanho do mundo que eu cresço como ser, a minha auto-estima igualmente. Sei que não vou precisar de me matar que desçam gotas de agua de seus olhos, não vos perguntaram com que queriam ficar, formam levados sem saber porquê e para onde, vossas palavras, sentimentos nada pesam na lei dos homens, muito menos o vosso amo, se assim fosse estariam em mim. O vosso espírito, suas almas estão comigo, como o meu ser está em vós.
Se houver um dia em que não me entrem no coração, será certamente porque ele parou.
Carlos Ferrer
4/3/08