É acreditando e desacreditando que vou
Tendo a esperança, é ela que nunca me deixa completamente às escuras.
Há sempre uma Luz por mais pequena que seja.
Essa força que está dentro de nós, por mais pequena que seja, ela existe, e cada dia que passa é uma Dor, aonde não há nada que me faça acalmar, como um dia que começa melancólico, que é o estado da minha alma.
Mesmo recordando algo Bom, traz-me sempre dor. Há nessas recordações lugares, tempos, cheiros, pessoas, em que eu sinto saudades ou desprezo.
Há sempre um “ai” profundo, vindo de dentro da minha alma, desassossegada, que só sossega quando alcançar o que entra diariamente na minha mente.
Quase não existo, e tudo à minha volta me faz lembrar que não existo.
Voltarei a sentir quando sentir as suas mãos nas minhas.
Voltarei a sorrir quando seus sorrisos verdadeiros e crus rirem sem razão, que me contagiará e me fará sorrir com olhos de água.
Voltarei a adormecer quando eles fecharem os seus olhos em mim, no aconchego do meu colo, como um dia de chuva, aonde as gotas, descem pelo vidro da minha janela, serão pura poesia para os meus olhos, a poesia que está em mim.

Carlos Ferrer
10 de Abril de 2007

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